Diário Oficial aponta que as finanças do Piauí não vão nada bem
O Governo do Estado publicou no dia 28 de julho, no Diário Oficial, um balanço semestral, apontando as despesas e receitas realizadas até 30 de junho. Os números não são animadores.
Da receita projetada para este ano (R$ 7,266 bilhões), consolidaram-se 46,99%, ou R$ 3,396 bilhões. Então, segundo quem adora ler esses balanços, nominalmente existe um déficit de R$ 237 milhões. Neste cenário seria de se supor que estejam sendo adotadas medidas de contenção de gastos correntes (despesas de custeio e folhas salariais).
Não custa lembrar, porém, que o Estado já realizou 55,9% dos gastos previstos com pessoal (R$ 1,942 bilhão), que representam 57% das receitas já consolidadas, ou seja, do dinheiro que efetivamente entrou no Tesouro Estadual. Com isso, tem-se uma situação em que o Governo não ultrapassa o limite de gastos salariais estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal – que é de 49% das receitas líquidas.
Não é sem razão que o mesmo balanço mostra um dos resultados deste desequilíbrio: dos R$ 553,6 milhões previstos no orçamento para financiamentos (empréstimos) destinados a investimentos, apenas R$ 17,839 milhões tenham chegado aos cofres estaduais.
A União, que é fiadora do Estado nas operações, com certeza fechou a chave do seu cofre diante do tamanho do problema que enxerga desde dezembro do ano passado, quando o Governo do Piauí já comprometia 47,65% das receitas com pagamento de pessoal. E aí, convenhamos, o atual governador Zé Filho herdou esse problemão difícil de ser solucionado, pelo menos por enquanto.
Fonte: www.proparnaiba.com
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