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Novo comandante da PM diz que os 700 concursados serão convocados no início de 2015

O novo comandante da Polícia Militar (PM), coronel Carlos Augusto, afirmou que os 700 policiais militares que foram aprovados em concurso público realizado neste ano serão convocados e contratados no inicio de 2015. Ele falou que discutiu a contratação dos 700 policiais concursados e o governador eleito, Wellington Dias, foi simpático à ideia.

"Nós já temos 700 policiais concursados e acredito que serão chamados no início de 2015. Eu já conversei com o governador Wellington Dias, ele foi simpático à ideia e tenho certeza que serão contratados e vamos ampliar o efetivo”, falou o coronel Carlos Augusto, em entrevista.
O coronel Carlos Augusto declarou que o choque de gestão que vai dar para enfrentar a violência no Piauí é a contratação de mais policiais e colocar a polícia nas ruas para dar sensação de segurança à sociedade. “Na verdade, a medida de choque que devemos adotar é incluir mais soldados, mais policiais na Polícia Militar e, eu acredito que o governador Wellington Dias fará isso. Nós já temos até o concurso já pronto. Temos que colocar a polícia nas ruas porque o que a população precisa é a sensação de segurança e não se consegue essa sensação sem o policiamento ostensivo, que é a missão maior da Polícia Militar”, adiantou.
Portal – Qual a contribuição que o sr. pode dar para enfrentar a violência no Piauí?
Coronel Carlos Augusto – Posso contribuir com muito trabalho e muita dedicação. Eu tenho 26 anos de corporação. A gente se preparou para esse momento e vamos desenvolver na Polícia Militar uma política de governo, determinada pela comandante maior, o governador Wellington Dias, que, não tenho nenhuma dúvida, dará prioridade à Polícia Militar e à segurança pública, tendo em vista que nós chegamos no limite suportável. Estamos em um país e em nosso Estado, onde cresceu a violência, mas vamos agir em todas as áreas.
Portal – Quais as primeiras medidas que o sr. pretende adotar?
Coronel Carlos Augusto – Na verdade, a medida de choque que devemos adotar é incluir mais soldados, mais policiais na Polícia Militar e, eu acredito que o governador Wellington Dias fará isso. Nós já temos até o concurso já pronto. Temos que colocar a polícia nas ruas porque o que a população precisa é a sensação de segurança e não se consegue essa sensação sem o policiamento ostensivo, que é a missão maior da Polícia Militar.
Portal – Como reduzir esses indicadores tão altos de homicídios e assaltos que estão sendo registrados no Piauí?
Coronel Carlos Augusto – Trabalhando muito, investindo em inteligência, em comunicação da nossa instituição e contratando mais policiais. Nós temos um efetivo que deixa muito a desejar e vamos, de início, em 2015, trabalhar com a questão de colocar o policial na atividade que está determina na Constituição, que é o policiamento ostensivo e fardado. Nós vamos fazer isso, principalmente porque temos o apoio do governador. Vamos ter a Polícia Militar integrada à Polícia Civil, através da Secretaria de Segurança, comandada pelo deputado Fábio Abreu. Estamos, de início, estamos nos preparando para fazer isso, colocar emergencialmente a polícia nas ruas para dar a sensação de segurança à sociedade.
Portal – A Polícias Militar tem um conjunto de câmeras de vídeo para o monitoramento das ruas, mas quando ocorre um crime ou um acidente, os fatos nunca são registrados e a Polícia Civil não tem essas imagens para o inquérito policial. O que está acontecendo?
Coronel Carlos Augusto – Na verdade, a Polícia Militar tem muito problemas nessa questão de tecnologia. Nós que conhecemos a Polícia Militar de outros Estados se vê que nessa questão de câmeras está bem avançado. Essas câmeras otimiza o nosso efetivo porque termina cobrindo uma área maior através das imagens, mas ocorreram alguns problemas em relação à empresa que geria a questão das câmeras e algumas delas funcionam e outras não. Temos que trabalhar logo no início de nosso comando, não só para manter as que já existem, mas para contratar mais câmeras porque precisamos em Teresina de 300 a 400 câmeras funcionado, temos que está interligados ao Copom e à Central de Atendimento.
Portal – Como é possível atuar no combate ao crack e às outras drogas no Piauí já que são os traficantes que estão dando o tom no aumento da violência no Piauí?
Coronel Carlos Augusto – O crack é um problema nacional, como também das outras drogas encontradas em nosso país. A violência tem que ser contida. Os nossos jovens estão muito envolvidos com a droga e a porta de entrada do crime é a droga. O crack e as outras drogas têm se espalhado muito pelo Piauí, vamos trabalhar de forma integrada com a Polícia Civil, que é quem faz a investigação, que é quem tem esse poder de estar investigando, além de integração com o Governo Federal, que tem o papel, previsto constitucionalmente, de combate às drogas. Vamos atuar na contenção das drogas nos limites do nosso Estado, nas nossas divisas, fazendo barreiras e colocando a polícia nas ruas. Não há como fazer segurança em nenhum Estado brasileiro se não colocar polícia nas ruas.
Portal – Mas não há um déficit de policiais na Polícia Militar do Piauí?
Coronel Carlos Augusto – Nós já temos 700 policiais concursados e acredito que serão chamados no início de 2015. Eu já conversei com o governador Wellington Dias, ele foi simpático à ideia e tenho certeza que serão contratados e vamos ampliar o efetivo.
Portal – O sr. tem ideia de quantos policiais a PM do Piauí precisa?
Coronel Carlos Augusto – Tenho sim. A Polícia Militar precisa de 11.700 homens aproximadamente, talvez um pouco mais, talvez um pouco menos e hoje nós temos 6 mil homens. Seguramente, nós precisamos de 5 mil homens. Isso não se consegue da noite para o dia, é preciso de orçamento. Nós na Polícia Militar vamos desenvolver uma política de governo, dentro das possibilidade do Estado otimizando os recursos e os nossos policiais, tentando investir em tecnologia e comunicação para a gente nos próximos dois a três anos possamos incluir 2 mil policiais.
Portal – Nos últimos anos, o Piauí vinha disputando com Santa Catarina qual era o Estado menos violento e o que tinha menor índice de homicídios. Agora, o Piauí perde para Santa Catarina e São Paulo, o maior populoso Estado brasileiro. O que São Paulo fez e o Piauí não fez?
Coronel Carlos Augusto – Eu acredito que foi investimento em tecnologia, a formação de bases comunitárias e de divisão de territórios, o que eles fizeram muito bem feito em São Paulo. O orçamento da Polícia Militar em São Paulo é de R$ 9 bilhões. No Anuário da Violência de 2013 ficamos em quarto lugar entre os menos violentos, mas este ano nós tivemos muito homicídios, com taxa inaceitável para um Estado como o Piauí, que tem um povo bom, um povo ordeiro e o tráfico de drogas ainda não é como no Rio de Janeiro e São Paulo, mas a droga chegou no Piauí.

Fonte: www.meionorte.com