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Psicoclínica: A importância da psicoterapia no trabalho com crianças autistas

terça-feira, 11 de outubro de 2016
Os tratamentos psicológicos são a alternativa mais segura e, até hoje, a mais eficaz para que a vida das pessoas doentes melhore em qualidade.Ao longo do tempo, o autismo vem sendo estudado e trabalhado até que se instaurou um conjunto de técnicas mais utilizadas e expressivas na intervenção do autismo.

É característico do autista apresentar alguns déficits e excessos comportamentais em diversas áreas. O grau de comprometimento destes déficits podem variar de uma criança para outra e na mesma criança ao longo do tempo.

Sabe-se da importância do psicólogo no tratamento e a eficácia dos recursos psicoterápicos para a melhora de qualidade de vida da criança com o Transtorno do Espectro Autista. O psicólogo, com sua formação específica e bem definida, deve estar inserido nesse contexto, sendo também um conhecedor do desenvolvimento humano normal para ter condições de detectar as áreas defasadas e comprometidas. Ele precisa estar muito sensível às observações e relatos da família.

Segundo Bereohff (apud Gauderer,1997), a complexidade do quadro de autismo e as dificuldades encontradas para se desenvolver uma estrutura em sua abordagem enfatizam cada vez mais a necessidade da multidisciplinaridade dos profissionais envolvidos nesse processo.

É fundamental que o psicólogo esteja atualizado com os trabalhos e pesquisas recentes relativos à sua especificidade para orientar a família. A sua sensibilidade diante da criança e do nível de comprometimento desta é importante para que ele saiba adequar propostas terapêuticas que realmente a beneficiem.

É importante ressaltar que a profissão do psicólogo apresenta muitos desafios profissionais e pessoais frente aos portadores de deficiência e suas famílias. Em sua atuação, diz Bereohff (apud Gauderer, 1997), o psicólogo pode influir em vários níveis e desenvolver vários papéis, tais como: investigador e pesquisador, em uma equipe diagnóstica e de avaliação; psicoterapeuta, em uma abordagem individual; psicoterapeuta, em uma abordagem institucional; consultor institucional e orientador familiar.

De acordo com Gauderer (1997), os pais que têm filhos com problemas sofrem. Isso é inevitável e sem exceção, e sofrem tanto mais quanto maior for a problemática do filho, a dificuldade de tratamento, a cronicidade do processo e também quanto maior for seu nível de sensibilidade. O psicólogo ajuda os pais a compreenderem, discutirem, entenderem, além de trazer à tona sentimentos universalmente presentes em todos aqueles que têm filhos com problemas, ou seja, negação, culpa, frustração, impotência, ressentimento, raiva, rejeição, além de fantasias diversas.

Existem diversas intervenções e métodos a serem utilizados que não deve ser contextualizada para um tipo de criança, mais para cada criança seu método que se encaixe a ela.. É importante que o psicólogo, em sua atuação, desenvolva uma terapia diferenciada para atender necessidades específicas, pois cada pessoa, apesar de semelhante, é única.

Psicóloga Ana Maria