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Operação Gaeco: 8 empresários presos no Ceará são trazidos para Teresina

sexta-feira, 7 de abril de 2017
Por volta de 15h desta sexta-feira (7), chegaram ao Instituto Médico Legal (IML) de Teresina (PI) os oito presos da operação Escamoteamento, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Piauí (MP-PI), para desbaratar uma quadrilha que teria desviado cerca de R$ 200 milhões de prefeituras do Piauí, Ceará e Maranhão. 

Os presos trazidos para o IML são Carlos Kennedy, Alisson Bezerra, Denis Fontenele, Francisco Mendes, Ana Carolina Portela, Fernando Cícero Moreira, e Jansen Nunes. Outro suspeito identificado como Valdson Gerônimo ainda está sendo recambiado para Teresina. Segundo o superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Piauí (PRF-PI), Welendal Tenório, eles alegaram inocência no momento da prisão, ainda que  a investigação apresente provas contra os mesmos. 

Todos os presos são empresários da cidade de Tianguá (CE), que fica na região da Serra da Ibiapaba, na divisa com o Piauí. Tenório, informou que mais cinco mandados de prisão ainda precisam ser cumpridos. 

"O núcleo desse esquema ficava no Ceará, na cidade de Tianguá, porque lá ficava mais difícil de abrir uma investigação. Esses presos são considerados os mentores e operadores desse esquema", disse o superindentente da PRF-PI. 

No IML, os presos precisam ser submetidos a exame de corpo de delito antes de serem encaminhados ao sistema prisiona. A única mulher do grupo vai para a penitenciária feminina de Teresina. Os outros presos serão levados para a Casa de Custódia. 

A operação ainda fez 23 buscas e apreensões e 22 conduções coercitivas de pessoas ouvidas na sede do MP-PI em Piripiri, Norte do Estado. A PRF ainda apreendeu R$ 37 mil, duas pistolas e 11 munições. 

O esquema consistiria na celebração de contratos de licitação com empresas, que seriam de fachada ou não teriam capacidade técnica para executar os serviços. Apesar do pagamento ser feito, a obra não era realizada. O Gaeco já pediu o sequestro de bens e bloqueio de aproximadamente R$ 19 milhões, mas estima que o rombo chegue a R$ 200 milhões.

 
Fonte: www.cidadeverde.com