" O uso da inseminação cresceu quase 26% esse ano. Cerca de 75% dos municípios já utilizaram, o equivalente a pouco mais de 4,1 mil cidades, sendo 28 delas no Piauí."
Já há algum tempo que o Brasil é lider mundial em exportação de carne bovina. E essa demanda por proteína de origem animal e crescente em virtude, entre outros fatores, do crescimento da população. Esse fato vem cobrando um aumento na eficiência dos sistemas produtivos, dentre eles, as de carne e leite, onde o pais tem o maior rebanho bovino comercial do mundo, estimado em mais de 221 milhões de cabeças, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatisticas (IBGE).
Diante desse quadro de crescimento no mercado exterior no consumo de came bovina brasileira, é preciso aumentar a produtividade e qualidade da proteína. E entre as ferramentas utilizadas para o aumento dessa produtividade, está a inseminação artificial, que permite melhorar o rebanho através de multiplicação de caracteristicas produtivas desejáveis.
E foi pensando nessas vantagens que o pecuarista Leonardo Mendes, que atua no setor há menos de um ano, começou a investir na prática da inseminação artificial, uma parceria da Fazenda Santa Nice e Fazenda Haras Thasso Felipe, sediadas na cidade de Piracuruca, no Norte do Estado, iniciaram o investimento na pecuária profissional, adquirindo sêmens para o melhoramento do seu rebanho.
"Minha ação na pecuária vem de berço. Meu avô era fazendeiro, a gente sempre foi criado nesse ambiente rural e com isso nasceu a paixão. Hoje estamos no segmento de corte, com Nelore. E para melhorar nosso rebanho, agregando valor a eles, passamos a investir na compra de um touro de central em um leilão e isso foi um divisor de águas. Ele tem uma reserva genética muito forte e assim começou tudo e estamos indo bem." Disse Leonardo Mendes.
E tudo indica que a alta tecnologia genética chegou para ficar no ramo. Os consumidores querem carnes de melhor qualidade e o melhoramento genético permite que o produtor forneça isso ao mercado. E o Piauí é um dos estados mais promissores nesse setor, onde o crescimento ano a ano revela o interesse de pecuaristas e grandes empresários
piauienses em investir na qualidade genética dos bovinos. Tudo tendo como meta o melhoramento genético das raças de corte e, claro, valorizando a qualidade da carne.
Marfim da Fazenda Santa Nice |
Dados da Associação Brasileira de Inseminação Artificial
De acordo com dados da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), o uso da inseminação cresceu quase 26% esse ano, Cerca de 75% dos municipios já utilizaram a tecnologia, o equivalente a pouco mais de 4,1 mil cidades, sendo 28 delas no Piauí. Só esse ano, já foram coletados e comercializados cerca de 4,5 milhões de doses de sêmen de raças de corte no país. E a maior parte dos investimentos está o criador que realmente acordou para o impacto da genética, não só no aumento da produtividade, mas também na redução dos custos na fazenda.
Isso porque a genética consegue atuar nas duas pontas", destacou Felipe, brasileiro, médico veterinário e representante piauiense empresa multinacional ABS, que é lider mundial na comercialização de semens.