Após a comemoração de 70 anos de reinado da rainha Elizabeth, que ocorreu no último domingo, 6, o tabloide britânico Daily Star informou que a rainha deseja abdicar do trono em breve. De acordo com o jornal, Elizabeth, que tem 95 anos, deseja passar a coroa para seu filho mais velho, Charles, de 73 anos. Se a abdicação não demorar a ocorrer, Charles deve ser nomeado rei já em 2023.
Durante a comemoração dos 70 anos de reinado, que ocorreu de forma íntima, a rainha também fez outras declarações à família. Em uma delas, Elizabeth demonstrou o desejo de que Camilla Parker-Bowles, esposa de Charles, assuma o título de rainha quando ele for empossado como rei.
Antes do anúncio, havia a possibilidade de Camilla ser a primeira rainha britânica que não seria chamada de rainha, mantendo-se com o título de “princesa consorte”, já que a morte da princesa Diana, que fez parte da família real durante os anos em que esteve com Charles, deixou questionamentos até hoje infindáveis sobre a corte.
Por muito tempo, Camilla não foi querida pelo público, já que ela foi amante de Charles durante seu casamento com a princesa Diana. Como essa história se tornou pública, as reações dos britânicos (e de todo o mundo) foram as mais diversas. Inclusive, a especulações acerca do acidente que matou Diana contribuíram ainda mais para o desgosto do público com o relacionamento do príncipe Charles, já que muitos afirmam acreditar que a morte de Diana foi planejada.
A afirmação da rainha Elizabeth, no entanto, rompe os estigmas sobre o casal e os coloca na posição mais importante da coroa: o status de rei e rainha consorte. Uma rainha consorte é a esposa de um rei governante. No caso da esposa de Charles, ela deverá ser chamada como “rainha Camilla”.
Entretanto, ela seria uma rainha sem poderes soberanos, sem compartilhar formalmente os poderes de seu cônjuge, o rei. Uma rainha consorte é coroada da mesma forma que um rei, mas em uma cerimônia mais simples.
Durante o comunicado, Elizabeth acrescentou saber que o povo britânico dará a Charles e a Camilla “o mesmo apoio que deu a mim”. Neste domingo, a imprensa britânica elogiou a futura “rainha Camilla”, o que “encerra anos de especulações”, como destaca o jornal Daily Mail.
Ao Daily Star, fontes próximas à família real informaram que chefes militares teriam recebido orientações para o planejamento da coroação de Charles. “Estamos moldando um evento militar que precisará da aprovação do Palácio quando for a hora. Nosso papel é a apresentação cerimonial e garantir que estamos prontos para qualquer data que for decidida. Temos muitos planos em andamento – mas esse será especial”, disse um militar, em entrevista ao tabloide.
“Um evento dessa magnitude exige um planejamento militar e de segurança detalhado, com a segurança sendo de responsabilidade da Polícia Metropolitana, enquanto moldamos os eventos cerimoniais e alinhamos com a polícia em relação ao planejamento em torno disso”, completou a fonte. As informações compartilhadas entre os encarregados da coroação são confidenciais.
Todos os membros da família real estarão envolvidos na cerimônia, que terá centenas de soldados liderando um grande desfile. A dúvida está na presença de um dos irmãos de Charles, Andrew, que teve todos os seus títulos e honrarias militares retiradas pela Rainha por envolvimento em um escândalo de abuso sexual.
Com Charles no poder, o Príncipe William será o próximo na linha de sucessão ao trono, seguido pelo seu filho mais velho, George, com 8 anos. O último rei do Reino Unido foi George IV, pai de Elizabeth. O rei faleceu em 1952 por conta de um câncer de pulmão, o que levou Elizabeth a se tornar rainha aos 25 anos.
Fonte: Meio Norte