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Mais de 30 pessoas são resgatadas de trabalho análogo à escravidão no Piauí

quarta-feira, 24 de agosto de 2022

 
Segundo o Ministério Público do Trabalho no Piauí (MPT-PI), em dois dos alvos fiscalizados, o Grupo Móvel constatou o uso de pólvora para detonar as pedreiras. A situação expõe a gravidade e o risco aos quais os trabalhadores eram submetidos, podendo ocasionar, inclusive, mortes.

“A pólvora era adquirida pelos trabalhadores e guardada em uma caixa ou sacola no barraco onde dormiam. A pólvora era comprada em supermercado (pólvora preta). Compravam de unidade, uns 4 ou 5 cartuchos. Detonavam a pólvora utilizando uma bateria. Se posicionavam há uma distância de uns 20 metros na hora da detonação”, consta em relatório.

Os empregadores foram identificados e houve diálogo para que os mesmos pudessem arcar com os pagamentos das verbas rescisórias devidas aos trabalhadores. Um deles não efetuou o pagamento e nesse caso, o MPT ingressará com as ações judiciais cabíveis.

Já são 52 os trabalhadores detectados em situação análoga a de escravidão no Piauí, somente em 2022. Em julho, foram resgatados três trabalhadores em Cristino Castro, dentro da Operação Resgate II. No mesmo mês, outros dez trabalhadores já haviam sido resgatados em Palmeira do Piauí e Currais, atuando na catação de raízes.

O Grupo Móvel reúne representantes do Ministério Público do Trabalho, auditores fiscais do Trabalho, Polícia Federal, Defensoria Pública da União, Ministério Público Federal e Polícia Rodoviária Federal.

*Com informações do MPT-PI