"Secretaria de Segurança vem se tornando um território eleitoreiro", critica Portal AZ
O próximo governador do Piauí tem que assumir de público que a Secretaria de Segurança se destina exclusivamente à prestação de serviço à comunidade. Ou seja, tem que ter gestão eficiente, desvinculada de conchavos políticos. O secretário precisa ter liberdade que possa praticar uma política pública eficiente voltada para o combate efetivo da criminalidade. Não pode mais o próximo governador cometer o erro histórico de tornar a Polícia um território eleitoreiro, onde quem dela se apodera, pratica o mais absurdo do clientelismo, visando exclusivamente tirar proveito. A Secretaria de Segurança do Piauí, do primeiro governo de Wellington Dias, passando pelas duas gestões de Wilson Martins e, agora, nos quatro primeiros meses de Zé Filho, tem sido uma capitania hereditária de um só senhor, onde se exercita um pseudo modelo de segurança pública cujo resultado é desastroso para a população. Não é preciso ir longe para se reconhecer que a violência está num crescimento permanente. A delegada de Polícia Civil Adriana Magalhães, presidente do Sindicato dos Delegados de Carreira do Estado do Piauí, exibe os dados do Anuário de Segurança Pública de 2013 que apontam que no Piauí, entre 2011 e 2012, os crimes violentos cresceram 47%. A própria delegada, em recente entrevista ao Portal AZ, reconhece que a sua polícia é ineficiente. Mas essa ineficiência não seria demérito apenas dos que hoje comandam o aparelho policial. De governo a governo, dos anos 70 para cá, a Secretaria de Segurança sempre foi entregue a políticos e eles, conforme seu modus operandi, sempre agiram mais em benefício próprio, eleitoreiro, do que propriamente pelo bem da boa segurança do cidadão. De todos esses governos, o que mudou de fato na Segurança Pública foi a adoção da linguagem. Os métodos, infelizmente, continuam os mesmos.
Fonte: www.portalaz.com.br
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