A Penitenciária Gonçalo de Castro Lima (Vereda Grande), em Floriano, teve um motim na manhã desta quinta-feira (21). Segundo agentes penitenciários que atuam no local, os presos deixaram um rastro de destruição nos pavilhões A, B e C.
Os servidores chegaram a ser atacados pelos presos, conforme informou um dos trabalhadores. "Quebraram tudo nos pavilhões A, B e C. Começaram a jogar pedras nos agentes e a quebrar as celas", informou um dos agentes que estava na unidade no momento em que o motim teve início, por volta das 10 horas.
Como armas, os detentos usaram vergalhões e outros materiais retirados da estrutura do próprio presídio, conforme informou o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi).
"Vieram armados com muito ferro e muita pedra para cima dos agentes, mas nossa resposta foi rápida. Foram deslocados muitos PMs pra cá, a Força Tática e os agentes que estavam de folga", acrescentou.
Para conter os presos rebelados, os agentes e policiais militares dispararam balas de borracha. Por volta do meio-dia, boa parte do motim já havia sido controlado, mas cerca de 30 presos continuavam depredando as celas e gritando.
O diretor jurídico do Sinpoljuspi, Vilobaldo Carvalho, aproveitou a oportunidade para fazer duras críticas à forma como o governador Wellington Dias (PT) tem tratado o sistema prisional e os servidores que nele atuam.
No início da tarde, a Secretaria de Justiça divulgou uma nota informando que o motim na Penitenciária de Vereda Grande foi controlado por volta das 13 horas.
A secretaria culpou o comando de greve pela revolta dos presos, e anunciou que vai continuar acionando a Justiça para que o movimento paredista seja encerrado.
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