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Você sabe o que é ABA e como esta ciência pode ajudar seu filho, paciente ou aluno?

quinta-feira, 16 de novembro de 2017
A análise do comportamento aplicada, muito conhecida pela sigla “ABA”, é uma área de conhecimento que desenvolve pesquisas e aplicações a partir dos princípios básicos da ciência da Análise do comportamento. Pesquisas científicas, controladas e confiáveis, descobriram diversos princípios básicos que influenciam o comportamento humano. Por exemplo, foi descoberto que diferentes tipos de consequências aumentam ou diminuem a probabilidade de comportamentos ocorrerem no futuro. Também foi descoberto que diferentes tipos de condições antecedentes, motivadoras ou não, aumentam ou diminuem as chances de determinados comportamentos ocorrerem.

Análise do Comportamento Aplicada, ou ABA, pode ocorrer com diversas populações e em diversos contextos! Onde houver comportamento humano, ali pode haver ABA.

A ABA não é um método ou pacote de intervenções fechado, ela é uma área de investigação e aplicação dinâmica que evolui na medida em que novos princípios comportamentais são descobertos por meio de pesquisas científicas da Análise do Comportamento. Tudo bem, mas onde entra o autismo? Um dos principais processos comportamentais estudados pela Análise do Comportamento, como um todo, é a aprendizagem.

A análise do comportamento aplicada, ou ABA (AppliedBehaviorAnalysis, na sigla em inglês) é uma abordagem da psicologia que é usada para a compreensão do comportamento e vem sendo amplamente utilizada no atendimento a pessoas com autismo. As técnicas de modificação comportamental têm se mostrado bastante eficazes no tratamento, principalmente em casos mais graves de autismo. Para o analista do comportamento ser terapeuta significa atuar como educador, uma vez que o tratamento envolve um processo abrangente e estruturado de ensino-aprendizagem ou reaprendizagem.

O trabalho com crianças autistas tem por objetivo integrar a criança à comunidade da qual ela faz parte. Para isso, a intervenção é planejada e executada cuidadosamente, abrangendo as atividades das crianças em todos os ambientes frequentados por ela: escola, casa, lazer, etc. Também acompanha-se o trabalho do psiquiatra ou neurologista (quando existente), pois a comunicação entre diferentes profissionais permitem um maior conhecimento das habilidades da criança.

Paralelamente ao trabalho terapêutico, os pais e profissionais que lidam com as crianças devem receber treinamento em análise do comportamento, tornando-se hábeis na produção e manutenção de comportamentos adequados e nas técnicas para redução de frequência dos comportamentos inadequados, além de se tornarem aptos a avaliar o desenvolvimento da criança passo a passo. Caso a criança frequente a escola, acompanha-se seu comportamento no ambiente acadêmico, favorecendo uma mudança mais rápida.

Muitos definem a aplicação de ABA para crianças autistas como “aprendizagem sem erro”. Basicamente, a ABA trabalha no reforço dos comportamentos positivos. Quanto aos comportamentos não positivos/atípicos, é preciso verificar o que os precede, tentando conduzir a criança sempre ao acerto. Ou seja, em geral, você não espera o comportamento negativo, para intervir sobre ele de forma a causar sua extinção, mas realiza intervenções para que a criança não entre nesse comportamento, agindo nos antecedentes que o induzem, conduzindo-a a um comportamento positivo e depois reforçando.

Ao ser reforçada, a criança vai sentir-se impelida a repetir o comportamento positivo e -“voilà!”- tudo resolvido. Não é tão simples assim. É claro que fazer tudo isso é um processo extremamente complexo e, em certos momentos, bem desgastante. O ABA se estende para além do momento da terapia, sendo necessária a participação ativa na família no processo, atuando em prol dessa aprendizagem sem erro. A ABA nos ensina uma outra forma de lidar com nossos filhos. Por exemplo, você já parou para pensar o quanto de “nãos” você diz sem explicar? Toda mãe diz “não pule no sofá!”, sem parar para pensar se realmente explicou que o sofá é para sentar. A ideia, nesse caso, seria sempre intervir antes da criança pular no sofá e reforçar toda vez que ela usar o objeto de maneira funcional, como ao sentar para assistir a TV.

No momento de terapia (nos momentos em que a criança está em sessão terapêutica), haverá aplicação de “tarefas de mesa” (não que as possibilidades de aplicação se resumam a esse tipo de intervenção). O terapeuta responsável pelo caso construirá programas que serão aplicados com a criança, focados nas habilidades que se pretende (olhar nos olhos, dizer o nome das coisas, contar coisas que já aconteceram em seu dia, apontar… enfim, toda infinidade de comportamentos que possa se imaginar). Os programas são aplicados e construídos evidentemente em uma ordem lógica de aprendizagem, pois existem comportamentos que são imprescindíveis de serem aprendidos antes de outros. Por exemplo, se a criança não sabe falar ainda, não adianta montar para ela um programa para ela aprender a contar como foi seu dia. Os programas são construídos de forma direcionada para cada criança.

Em uma sessão terapêutica, se aplicam vários programas. Esses programas têm um critério, ou seja, um objetivo no qual se quer chegar. Quando a criança atinge um objetivo em um programa, muda-se para outro, objetivando a aprendizagem de outro comportamento. Se a criança não está respondendo bem a determinado programa, o terapeuta avalia o programa aplicado e “muda de estratégia”. Tudo isso é possível de ser avaliado porque todos os dados de como ela responde aos programas são anotados pelos terapeutas. 

A terapia ABA é intensiva (normalmente recomenda-se protocolo terapêutico de até 40h semanais de aplicação). Para sua aplicação, necessita-se de um profissional capacitado para montagem dos programas a serem aplicados, e de aplicadores fixos que realizem tal aplicação – isso sem contar que você deve seguir as recomendações sobre como intervir 100% do tempo. A terapia não é apenas no momento em que a criança está com o profissional, mas implica em toda uma adaptação da família para se voltar a tal método. Os aplicadores ABA não necessariamente precisam ser psicoterapeutas, desde que possuam formação apropriada para aplicação dos programas. Ainda, em geral, essa terapia é aplicada primordialmente no ambiente natural da criança (casa, colégio).

Faça nos uma visita. A Psicoclínica esta localizada na Rua Dr. Resende, nº 979, no centro de Piracuruca, em frente a Praça Irmãos Dantas, ou ligue e tire suas dúvidas pelos telefones: (86) 3343-1043 / 9 9983-0224. Atendimentos individualizados e com hora marcada.