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Reforma eleitoral às pressas pode mudar pleito de 2020

segunda-feira, 26 de agosto de 2019
Ainda pode haver mudanças importantes nas regras eleitorais para as eleições municipais do próximo ano. A possibilidade até surpreende, já que este tema não estava no radar do debate político nacional, dominado relas reformas da Previdência e Tributária, além das discussões sobre os arranjos dos primeiros meses do governo de Jair Bolsonaro. Mas a possibilidade de mudanças foi levantada pelo principal gestor da agenda política brasileira no momento, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ).
A sugestão de Rodrigo é que seja adotado já em 2020, nas cidades com mais de 200 mil habitantes (Teresina entre elas), um sistema de voto distrital misto. A ideia surpreende sobretudo porque o voto distrital valoriza a representação regional e boa parte dos candidatos tem votação fragmentada, pulverizada em várias regiões de uma mesma cidade. Implantado de uma hora para outra, o voto distrital pode comprometer o resultado de muitos candidatos, sem tempo para reorganizar suas relações políticas.

Mas a sugestão de Rodrigo Maia acende uma outra luz... de alerta: a discussão para uma mudança específica na legislação pode levar a outras mudanças. Os partidos batem cabeça para formar chapas com a mudança já definida desde a reforma de 2017, que estabeleceu o fim das coligações proporcionais. O debate sobre o voto distrital poderia trazer não o voto distrital, mas revisões nas regras que podem levar em conta inclusive as dificuldades com as coligações.