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Como usar a água sanitária contra o coronavírus? Esclareça dúvidas comuns

terça-feira, 19 de maio de 2020



Conhecida pelo seu poder de desinfecção, a água sanitária se popularizou como um dos produtos mais usados contra o novo coronavírus. No entanto, o manuseio dela pede alguns cuidados. Para esclarecer as principais dúvidas da população, o Conselho Federal de Química (CFQ) preparou uma cartilha com orientações. De acordo com a entidade, o produto é um excelente germicida para a desinfecção, mas cada situação requer uma concentração diferente. As informações são do Metrópoles.

Como usar água sanitária na prevenção da Covid-19?
Ela precisa ser diluída em água. A proporção varia de acordo com a finalidade.

Em quais superfícies ou objetos posso aplicar água sanitária?
Tanto em superfícies como mesas, cadeiras, maçanetas, pisos, banheiros, solas de calçados e embalagens, quanto para a higienização das mãos quando não houver água e sabão ou álcool em gel.

Para a limpeza das mãos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda um nível alto de diluição para a solução clorada com 0.05% de concentração: um litro de água para cada 25 ml de água sanitária.

Como desinfetar as solas dos calçados ao retornar para casa?
Primeiro remova o máximo possível de sujeira como poeira, lama e restos de planta. Depois passe os pés em um pano embebido na mistura de um litro de água com 50 ml de água sanitária com concentração de 0,1%. Além de prevenir contra o novo coronavírus, essa prática reduz bastante o risco de outras infecções causadas por microrganismos.

Posso lavar frutas, legumes e verduras com água sanitária?
A Associação Food Safety Brasil orienta que os alimentos que são consumidos crus sejam colocados de molho por 15 minutos na solução de 1 colher de sopa rasa de água sanitária para cada 1 litro de água. Depois eles devem ser enxaguados com água em abundância. Vale lembrar que até o momento não existe nenhuma recomendação da OMS sobre a prática.

Posso limpar meu celular ou outro aparelho eletrônico com água sanitária?

A prática não é recomendada pelo CFQ pois o produto pode reagir com os materiais dos aparelhos e danificá-los. O ideal é limpar os equipamentos com álcool isopropílico.

Sou alérgico à água sanitária ou a outros compostos clorados. Como garantir a limpeza?

Água e sabonete ainda são os produtos mais recomendados para a higienização da pele. No caso dos objetos, o álcool 70% é suficiente.

Tenho uma pessoa com Covid-19 em casa. Qual é a concentração de água sanitária que devo usar para desinfectar o ambiente e objetos dela?

A orientação da Organização Mundial da Saúde é diluir 50 ml de água sanitária com concentração 0.1% para cada um litro de água para desinfectar pisos e as superfícies do cômodo do paciente. Nesse caso, o ideal é usar máscaras e luvas.

Como lavar roupas de cama, toalhas e roupas sujas de pacientes Covid-19 ou suspeita da doença?
Cada peça tem uma orientação de lavagem contida em sua etiqueta. A principal recomendação da OMS é que as roupas de cama, toalhas e roupas sujas de pacientes com suspeita ou diagnosticados com a Covid-19 sejam lavadas na máquina com água morna, entre 60 e 90 °C, pois o vírus não sobrevive a elevadas temperaturas. Quando não for possível levar a peça na máquina, o recomendado é que elas sejam lavadas em um tambor com água morna e detergente neutro e depois deixadas de molho por 30 minutos em uma solução clorada de 0.05%, na proporção 25 ml para um litro de água.

Mais de 15 mil pessoas em todo o país já foram testadas durante a primeira etapa da pesquisa “Evolução da Prevalência de Infecção por COVID-19 no Brasil: Estudo de Base Populacional”, que vai até esta terça-feira (19/05). As regiões Norte e Nordeste foram as que mais aplicaram testes até o momento, somando 8.106 testes. O estudo, financiado pelo Ministério da Saúde, coordenado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), do Rio Grande do Sul, e executado pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), será realizado em três etapas e prevê testar até 100 mil pessoas em 133 municípios. A expectativa é testar cerca de 33 mil brasileiros em cada etapa, sendo 250 pessoas em cada município selecionado. As próximas etapas de coletas estão previstas para acontecer em 28 e 29 de maio e 11 e 12 de junho.

“A pesquisa foi contratada pelo Ministério da Saúde para termos informações mais detalhadas sobre a situação de casos, ampliando cada vez mais o conhecimento sobre a doença. Por isso, a importância desta pesquisa”, destacou o secretário substituto de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário.

O objetivo do estudo é avaliar como o coronavírus se propaga pelo país, por meio da testagem de anticorpos na população. Com o inquérito, será possível identificar com que velocidade a população está adquirindo anticorpos contra a doença. Para isso, o Governo Federal disponibilizou 150 mil testes rápidos que detectam a presença de anticorpos IgM (de infecção mais recente) e IgG (de infecção mais antiga) para o novo coronavírus, a partir de amostras de sangue. Com os resultados do estudo, será possível criar estratégias mais precisas para o combate da pandemia, além de ações e programas de prevenção.

A coleta de dados está sendo feita nos domicílios pelos profissionais do Ibope. Em cada residência, é escolhido um morador para participar do inquérito. A cada etapa, a amostragem incluirá os mesmos setores, mas domicílios diferentes dos inquéritos anteriores. Durante a visita, a equipe do Ibope também disponibiliza um questionário sobre doenças preexistentes e possíveis sintomas da COVID-19 nos últimos 30 dias, além da aplicação do teste rápido.

Caso algum morador apresente resultado positivo para o coronavírus, todos os moradores da residência serão testados e a Secretaria Municipal de Saúde será informada para os cuidados e protocolos necessários. As medidas de segurança biológica também estão sendo adotadas, garantindo a proteção dos entrevistados e integrantes das equipes de campo que atuam na coleta dos dados e do material. Todas as equipes de campo já foram testadas.