Uma foto registrada nesta sexta-feira (04) em uma agência do Banco do Brasil em Piripiri, mostra um idoso sendo submetido a uma situação constrangedora e desumana. Por lei, ele precisa fazer prova de vida para continuar recebendo benefício da aposentadoria, mas como não pode se locomover, a família teve de agir por conta própria.
A imagem, veja acima, mostram o aposentado chegando em uma ambulância, deitado em uma maca. Parentes ajudam ele a subir a rampa da agência.
Segundo informações da família, o idoso teve AVC há uns anos, mas desde o ano passado que ele está acamado, se alimenta por uma sonda, perdeu os movimentos, está bem magro e fraco. É lúcido mas o corpo não responde.
Nas redes sociais a neta do idoso desabafou
"Uma imagem revoltante né?
Pois é! Alô #BancoDoBrasil é assim mesmo o procedimento para fazer uma prova de vida de um idoso ACAMADO durante uma PANDEMIA? Não teria um funcionário capacitado para ir na casa do idoso neste caso específico? Meu Deus! É revoltante! É humilhante!
O tanto que a tecnologia está avançada não teria outro método para fazer?".
PROCURAÇÃO
E tem outras alternativas de fato. Os beneficiários do INSS acamados que precisarem fazer a prova de vida podem fazê-lo por meio de uma procuração. Antes da pandemia, essa procuração deveria ser feita presencialmente em cartório e registrada no INSS. Agora, ela pode ser feita pela internet, sem precisar ir ao cartório nem registrar no INSS.
Aos idosos acima de 80 anos para solicitar a realização da prova de vida em um local alternativo, a pessoa precisa entrar em contato com o INSS por meio da Central de Atendimento do órgão (telefone 135). O agendamento também pode ser feito pelo portal “Meu INSS”. Basta acessar e procurar: “Agendamentos/Requerimentos”
A prova de vida também pode ser realizada pelo APP do Banco do Brasil. Impressiona o fato da agência não disponibilizar essas informações para seus clientes. Em plena pandemia onde se busca estabelecer tratamento humanitário aos vulneráveis, cenas como essa ferem o bom-senso e o compromisso com a vida.
A nossa reportagem ligou para o gerente do Banco do Brasil, deixou mensagens no seu WhatsApp mas até o fechamento da matéria não obteve resposta. - Repórter 10