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Perito contradiz Robert Rios e afirma que existe acúmulo ilegal de cargos na Secretaria

Representantes da associação de peritos criminais e papiloscopistas e membros do Ministério Público estiveram reunidos na manhã de hoje (02), para discutir sobre a denúncia de que agentes e escrivães estariam exercendo funções indevidas no Piauí.

De acordo com a Promotora Leida Diniz, o inquérito foi instaurado para apurar esses possíveis atos de improbidade. Ainda segundo ela, foi enviado ofício a órgãos como a Procuradoria Geral do Estado e a Secretaria de Segurança Pública para relatar o fato.

Para ex-Secretário de Segurança Robert Rios, a briga de classes existente faz com que essas histórias acabem surgindo. “É um briga terrível, não há pessoas estranhas à Segurança desenvolvendo essas funções, seria um crime e isso não pode acontecer”, disse.

Robert falou ainda sobre os avanços na Segurança Pública do Estado. Segundo ele, houve mudanças na estrutura do prédio onde funciona a instituição e na parte de contratação de profissionais através da realização de concursos.

Porém, mesmo com alguns avanços, Cristiano Afonso, vice-presidente da Associação de peritos criminais relatou que muitas dificuldades ainda não são enfrentadas. “Houve sim melhorias, mas para quem não tinha nada, qualquer coisa já é bom, ainda é preciso que muita coisa seja mudada”, afirmou.
Segundo ele, uma das principais dificuldades é em relação ao pequeno número de peritos criminais contratados. “Temos uma demanda grande de trabalho e uma quantidade reduzida de profissional, apenas dois peritos revezam pela manhã e outros dois no período noturno e por conta disso, muitos casos acabam não sendo investigados”, relatou. Essa situação se resolveria, segundo ele, se fossem criadas regionais no interior.

Em relação ao acúmulo de cargos ilegais, Francisco Wilson Leal, assessor jurídico da associação dos peritos papiloscopistas, afirmou que isso existe no Instituto de Identificação, no Instituto de Criminalística e no Instituto Médico Legal.  “Antes de ser perito papilocopista, eu fui agente de polícia civil e conheço a realidade. Existem sim profissionais que ocupam cargos diferentes dos que foram contratados, eu, por exemplo, passei para agente, mas desenvolvi trabalho de escrivão, isso não é provocado pelo servidor, mas pela própria necessidade do sistema”, finalizou. 

Denúncia
Em fevereiro o portal GP1 publicou denúncia de que existem profissionais com desvio de função na Secretaria de Segurança Pública do Piauí. Segundo o denunciante, papiloscopistas, escrivães e agentes de polícia estariam exercendo a função de perito criminal.
O então secretário Robert Rios chegou a negar a denúncia: "Essa matéria é mentirosa, é uma infâmia e uma irresponsabilidade. Nós da polícia civil trabalhamos diariamente, fazemos um bom trabalho e vem uma informação dessa. Isso não existe. É um insulto".

Fonte: www.gp1.com.br