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Justiça do PI determina que 30% dos bancários continuem trabalhando

terça-feira, 13 de setembro de 2016
A Justiça do trabalho no Piauí concedeu liminar determinando que o efetivo mínimo de 30% dos bancários permaneça trabalhando durante a greve da categoria, que já dura uma semana. Para a Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Piauí (OAB-PI), que pediu a liminar, as atividades bancárias estavam totalmente paradas e isso estava prejudicando o recebimento de honorários advocatícios. O sindicato da categoria diz que o percentual já está sendo cumprido.

“Não se trata de mera redução do ritmo de trabalho, mas total paralisação das atividades. Além de impedir o livre exercício da advocacia e afrontar as prerrogativas profissionais do advogado, essa recusa do atendimento pode causar prejuízos imensuráveis ao cidadão e aos advogados, que estão privados de receber seus honorários, verba de natureza alimentar e imprescindível para o sustento próprio e de sua família”, disse o presidente da OAB-PI, Chico Lucas.

Na decisão proferida nesse domingo (11), a juíza do trabalho Luciane Rodrigues do Rêgo Monteiro Sobral, da 2ª Vara do Trabalho de Teresina, determinou que o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e Financiários do Estado restabeleça, de imediato, o efetivo durante todo o expediente bancário nas agências e postos de atendimento conveniadas e estabelecidas nos órgãos do Poder Judiciário estadual e federal no Piauí, a fim de assegurar o atendimento aos advogados e demais jurisdicionados. Foi estipulada, ainda, multa diária de R$ 10.000,00 em caso de não cumprimento.

“Hoje os bancos já estão trabalhando com esse contingente ou até mais gente. Essa decisão não influi em nada na nossa greve. O que acontece é que os bancos é que devem gerenciar melhor o pessoal que está trabalhando. Não vamos recorrer da decisão, mas vamos informar ao juiz que os 30% estão na ativa, mas que os bancos têm suprir com pessoas o setor de compensações”, disse o presidente do sindicato dos bancários do Piauí, Arimatea Passos.

Em greve desde o dia 6 de setembro, os bancários reivindicam aumento de 15%, o que representa a reposição da inflação e mais um ganho de real de 5%. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou proposta de reajuste de 7% de reajuste salarial e mais abono de R$ 3,3 mil, mas os termos foram recusados pela categoria. O impasse continua e uma nova rodada de negociação está marcada para às 14 horas desta terça-feira (13) em São Paulo.

Fonte: G1