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PGR rescinde acordo de delação premiada de Wesley Batista

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Decisão de Raquel Dodge precisa ser homologada pelo ministro Edson Fachin, do STF

BRASÍLIA — A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, rescindiu os acordos de delação premiada de Wesley Batista e Francisco de Assis e Silva, executivos da J&F, controladora da JBS. A decisão foi enviada nesta segunda-feira para o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que precisa homologá-la. Raquel Dodge considerou que os dois descumpriram termos da delação.

No ano passado, o então procurador-geral Rodrigo Janot já havia encerrado com os acordos de Joesley Batista e Ricardo Saud, também da J&F, pelo mesmo motivo. Após assumir o cargo, Raquel Dodge reforçou a decisão, mas ela ainda não foi analisada por Fachin. Entretanto, o ministro aceitou um pedido de Janot e decretou a prisão preventiva dos dois.

Para a procuradora-geral, Wesley e Francisco deixaram de informar ao Ministério Público fatos ilícitos, como a atuação do então procurador Marcello Miller em favor da J&F. A atuação do ex-procurador está sendo investigada pelo Ministério Público — onde o caso está parado desde setembro — e pela Polícia Federal.

Além disso, Raquel Dodge também cita a o fato de Wesley ter sido denunciado, pelo Ministério Público Federal de São Paulo, por uso de informação privilegiada e manipulação de mercado. Ele teria se antecipado aos impactos que a delação teria quando se tornasse pública.


O executivo ficou preso preventivamente por cinco meses por essa acusação, mas foi solto na semana passada por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que impôs medidas cautelares.

Fonte: www.oglobo.globo.com