Um navio colidiu com a ponte Rio-Niterói no início da noite desta segunda-feira (14) e provocou interdição da via em ambos os sentidos. O tráfego foi parcialmente liberado às 21h30. Ainda não há informação sobre feridos.
Após vistoria técnica na estrutura da ponte, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) liberou totalmente o fluxo no sentido Niterói. O tráfego para o Rio de Janeiro é feito em somente duas faixas. Outra inspeção será realizada nesta terça (15) e, se for confirmado que não houve comprometimento estrutural, haverá a liberação total.
A Marinha do Brasil informou que a embarcação de nome São Luiz “teve sua amarra partida e se deslocou do local em que se encontrava fundeada” por conta de condições climáticas extremas. O navio petroleiro, com bandeira das Bahamas, tem peso bruto de 62,7 mil toneladas e mede 244,75 x 42,36 metros. A embarcação foi construída em 2013.
Segundo a PRF, a colisão ocorreu pouco depois das 18h. A polícia informa que, às 18h30, rebocadores estavam tentando resgatar a embarcação que colidiu com a ponte. Por volta de 19h40, a Polícia Militar do Rio de Janeiro anunciou que iria reforçar o policiamento nos arredores da ponte.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (MDB) informou às 20h25 que conversou com as equipes da Ecoponte, que, segundo ele “estão checando no detalhe o impacto da colisão na estrutura”. “A primeira impressão é a de que não há consequências mais graves. Só vão liberar após ter toda certeza”, afirmou. O prefeito reforçou o pedido para que os motoristas evitem a região.
Para facilitar o deslocamento entre os municípios, o governador Cláudio Castro (PL) anunciou no Twitter que a concessionária CCR Barcas “sinalizou que vai manter de forma ininterrupta o serviço ligando as duas cidades”.
O especialista em gerenciamento de risco Gerardo Portela explica que os pilares da ponte possuem um sistema de segurança para evitar o comprometimento da estrutura em casos de colisão. “A ponte Rio-Niterói, nos seus pilares, é provida de proteções. São outros pilares que ficam ao redor do pilar que realmente sustenta a ponte, justamente para minimizar os efeitos desse tipo de colisão, porém a massa do navio é muito grande e não se sabe se houve um dano que possa ter alcançado o próprio pilar.”
(*Com informações de Elis Franco, da CNN)